sábado, 8 de dezembro de 2012

Pedacinho de ANA'

As Ana's, não, não são todas Ana;
Mas cada uma tem um pedacinho de Ana;
Seja no olhar, no falar, no andar, nas pernas (kkkk);
Na simplicidade, na generosidade, na humildade;
No sorriso, no cozinhar, na beleza (ah, que belezas!!);
No Ser Ana.
Que herança nossa Ana Bibiano deixou em suas Teresas,
 Suas belas e amáveis Teresas.
Tenho pena da nova e das próximas gerações de Ana's;
Pois não conheceram e não conhecerão nossa Matriarca;
A mais bela e amada Ana.
Cada neta que homenageia com o seu nome, ou não, nossa Ana;
Tem um pedacinho dela em si.
Sejam ás: Ana Maria, Ana Helena, Ana Carla, Ana Heloíza, Annedith, 
Ana Letícia, Ana Victória, Ana Luíza, Ana Carolina, Ana Laura.
Ou ás: Cristiane, Jakeline, Bárbara, Nathalia, Maíra, Bartira, 
Anália, Jessica, Mayara, Laís, Maria Alicya (in memoria).
Todas de alguma forma são uma "ANA".


Ana Bibiano de Sousa (Santa'
Algumas Ana's (Teresas)

Antiga, mas é só pra resenhar!! (kkkkk




 

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

‘Deixei-me Conquistar’

       Tudo começou com a inscrição para o Crisma em 2004, que era mais um “oba-oba”, um “ah, minhas amigas estão se escrevendo vou me escrever também”, mas que simplesmente MUDOU minha vida, daí pra frente minha vida nunca mais seria a mesma. Novas ideias, novos amigos, novos lugares, novos amores (ou amores adormecidos que acordaram!). Ou melhor um amor renovado, só então eu pude verdadeiramente conhecer Meu Deus, pois é, foi só aí que O conheci, antes eu ia a Igreja aos domingos, estudei catequese, fiz a Primeira Eucaristia, sem nem ao menos saber a importância e o significado daquele momento na minha vida, o fiz em um momento em que nada mais na minha vida me importava, isso aos 11 anos de idade, fiz por fazer, por que estudei minha vida toda na catequese e era chegada a hora da Primeira Comunhão, e nada mais... Depois disso a Igreja pra mim não passava das missas aos domingos, e da festa de São Sebastião, até o momento que começou a catequese do Crisma, aí pronto, minha vida dava uma guinada, eu tinha um novo rumo, uma linda história de amor começava, e que história sem fim. 
              Não me recordo em que mês que comecei a estudar para o Crisma, mais lembro da minha empolgação, da minha vontade e alegria em estar ali, coisas que não passaram com o tempo (é certo que se pudesse estudaria novamente), como foram maravilhosas e importantes aquelas tardes de domingo ou noites de sábado, quantas coisas aprendi, vivi, senti, quantas pessoas conheci ou me aproximei, e o quanto que elas são de certa forma presentes e importantes na minha história, quantas conversas, risos, músicas (ah, as músicas! Um caso a parte na minha vida, algumas músicas me fizeram ter um encontro inexplicável com Deus, muitas me motivaram, me ajudaram, me evangelizaram, me emocionaram), os retiros, meu primeiro retiro de carnaval, o retiro da Crisma, quantas pessoas conheci no retiro de carnaval, quantos momentos especiais, esse foi um dos melhores carnavais da minha vida, estar na presença de Deus e de pessoas que estão Lhe buscando do acordar ao dormir, é simplesmente uma benção, foi lá que percebi que o meu prazer em dançar poderia ser usado também para evangelizar, e como aprendi com a Comunidade Cristós, também foi lá que conheci a música da minha vida “Tudo Posso” de Celina Borges, e outras que me acompanham até hoje. E o retiro da Crisma então, quanta bagunça (kkkkk), quanta alegria, quanta diversão (ainda tenho os bilhetinhos que meu “anjo secreto” do retiro me mandou), quanto frio também!!! O acampamento da PJ (Pastoral da Juventude) que desde a viajem até a chegada em casa tiveram muitas histórias para serem contadas, a carona ao pessoal de outras cidades, os novos amigos (eternos), as conversas no corredor, os trabalhos, o lugar, as broncas dos Padres, os choros, os amores, ah esse acampamento ficou pra história... Depois do meu 1º retiro de carnaval comecei a dançar na igreja fazendo apresentações, dançar com o Ministério de Música Restauração. No final de 2005 me Crismei, e que emoção, chorei muito naquele dia, era um novo passo na minha vida, e que passo, o qual comecei como “oba-oba” e terminei muito mais apaixonada por Jesus, por minha Igreja, por minha comunidade. Dessa vez eu tinha plena consciência do que estava fazendo, do que estava acontecendo na minha vida, e que momento, eu estava me sentindo tão importante, tão feliz. 
         Já em 2006, o então seminarista da Paróquia, reuniu os jovens que eram mais presentes e engajados na igreja e formou um grupo, nos encontrávamos “semanalmente”. Com esse grupo e com o incentivo do seminarista, a sede que já tinha dentro de mim em evangelizar cresceu ainda mais, no mesmo ano na CF (Campanha da Fraternidade), que tratava da inclusão social de Portadores de Direitos Especiais, com o lema “Levanta-te e vem para o meio”, eu fiz uma apresentação teatral, talvez a mais importante da minha vida, que:

   “[...] chocou e emocionou a comunidade com uma apresentação [...] que                                        trata deficiência de uma forma geral”. Mostrando e conscientizando a população para a importância da inclusão social dos Portadores de Direitos Especiais. E evidenciando o “preconceito” que a sociedade tem para com estes, e mostrando-lhes que existe deficiência muito maior que esses portadores possuem que é a deficiência no coração, que sentem por eles pena, vergonha e até mesmo raiva: não permitindo que os deficientes mostrem seu verdadeiro potencial e que são tão capazes quanto qualquer outra pessoa. E foi esse alerta deixado pelo grupo a quem assistiu a apresentação, que existe muito mais limites dentro de nós mesmos, que nas pessoas que usam uma cadeira de rodas para se locomover, que um cego, ou até mesmo alguém com Síndrome de Dawn que precisa apenas de um pouco de carinho e cuidados especiais para mostrar todo o seu potencial. 

 Levanta-te e anda. (Mc 2,9-11)

É isso que Jesus Cristo nos diz.”( Annedith Ribeiro ,artigo do JSR). 

      Pouco tempo depois, no domingo de Páscoa mais uma apresentação importante, a do grupo de jovens batizado como Sementes de Ressurreição a toda a comunidade cristã católica da cidade, nossa! só Deus sabia o quanto esperávamos por esse momento, e o quanto foi importante para cada um de nós, “[...] A partir desse dia todos foram chamados á missão. É hora de arregaçar as mangas e ir a luta (Ide pelo mundo e anuncie o evangelho a toda criatura. Mc 16, 9-15). Essa é a mensagem que Deus nos traz nesse momento, é o chamado para seguir em frente convidando outros jovens a conosco participar dessa realidade de jovens cristãos [...]” (Milena Chaves, artigo do JSR), e foi nesse clima de total entusiasmo que alguns dias depois da apresentação realizamos o 1º (e infelizmente único) “Encontro de Líderes Jovens”, onde nos encontramos com jovens da cidade e da zona rural, neste encontro além de muita troca de experiências e ideias, também apresentamos o “JSR” (Jornal Sementes de Ressurreição), idealizado e produzido pela equipe de Comunicação do SR, da qual só pra variar eu fazia parte. Mas nosso caminho não foi só de flores, haviam espinhos, e dos grandes, um desses encontramos pouco depois da empolgação pós encontro, foi o fim do SR, não lembro o por que realmente acabou, mas lembro que nosso mentor e maior incentivador teve que deixar a paroquia, me deixou órfã, ele foi uma das poucas pessoas que acreditaram em mim, na minha capacidade de estar a frente de algo, como eu sempre disse, ele é um dos meus Anjos... Ah tinha a festa que a Comunidade Restauração fazia para sua Padroeira Nossa Senhora das Graças, e nesse ano participei da peça teatral, e da abertura do show da banda da Comunidade Católica Shalom e dancei com o Ministério Restauração, a produção para ambas apresentações musicais foram dignas de grandes shows, super ensaiadas, coreografadas, com uma produção impecável (um ótimo trabalho de equipe). 

Cabelo verde e roupas estilizadas, abertura  dos shows!
O cabelo verde, mas com roupa neutra, apresentação sobre drogas!
Simbolo do Batismo do SR'


             Depois disso foram varias apresentações de dança, teatro, ensinando outros grupos de dança, vários encontros de jovens, retiros, DNJ’s, show’s, organização de pastoril, Auto de Natal, Cristotecas Temáticas. Mas nada era como antes. Não sei bem em que momento comecei a me “distanciar” da Igreja, mas um tempo depois aquele engajamento todo, ficou só na lembrança, e a minha presença na Igreja ficava aos poucos mais escassa, era só aos domingos, e de vez em quando uma apresentação aqui outra acolá. Por fim em meados de 2010, algo horrível aqui dentro de mim, me impedia de ir a Igreja, era tão difícil pra eu ir, é tão ruim tá afastada da casa do meu Pai, o amor não tinha acabado, nem tão pouco diminuído, mas a minha vida me levou a um afastamento terrível, que me faz um mal enorme. Mas no início de 2012, a chama que estava quase que apagada, recebeu um foguinho a mais, mas não consegui voltar de vez, mas aos poucos Meus Deus tá me fazendo voltar, talvez não volte a um grupo de jovens, ou a dançar (coisa que amava muito), mas eu preciso voltar a me sentir parte da Juventude da minha comunidade, da minha Igreja. Como diz uma música que dancei muito “Deus me guiará, e estará pra sempre junto a mim, Deus me guardará será o meu abrigo até o fim...”. A chama tá ardente aqui dentro, e o meu desejo de voltar tá gritando, se esgoelando na verdade, mas aos poucos vou chegar lá! 

           Sabe quando você sente, é serio eu senti, a incrível sensação de que Deus tem algo a lhe dizer, é espantoso como Ele fala através de pessoas, momentos, sentimentos, que você tem algo a fazer, que você não pode abandona-Lo ou deixa-Lo de lado, ou coisa do tipo, e tentei “correr” disto varias vezes, por vezes fingi que não era comigo, que eu não estava sentindo, ou ouvindo o que vinham me falar, como é difícil fazer isso, mas confesso que sempre tive medo de dizer o “SIM”, mas quando essas oportunidades aparecem e não me jogo totalmente de braços abertos nos braços do Pai, me sinto horrível, como se algo falta-se em minha vida, como se eu teve-se deixando a oportunidade da minha vida correr por minhas mãos, e realmente ás deixei. Mas estou certa de que outras oportunidades viram, e eu estarei com o coração certo de que chegou a hora, não sei que “chamado” é esse, ou pra que é esse chamado, mas sei que Deus tem um proposito em minha vida, e que essa ovelha que ora está desgarrada e ora tá engajada, terá uma bela caminhada, cheia de altos e baixos, mas Deus estará comigo, aonde quer que eu esteja, faça, fale, sei que “O meu Deus é maior que meus problemas, eu não temerei...”. 

         Outra música que também relata muito bem esse meu momento é ‘Deixei-me Conquistar’: ”Bem que eu tentei, lutei, contra o Teu imenso amor. Tanto errei, voltei e agora aqui estou... Sou tão fraco e pecador, mas eu sei bem que És Senhor, tudo podes mudar, tudo podes fazer em mim...” 

            Agora estou eu aqui no aconchego do meu quarto, em frente do notebook, ouvindo uma pequena seleção musical de apenas 180 músicas religiosas, que fizeram e fazem parte da minha história durante esse tempo, e por toda minha vida, com meus livros de Pe. Fábio de Melo, Pe. Marcelo Rossi e Prof. Felipe Aquino do lado, e o mais importante de todos A Bíblia, que antes era guardada em uma cômoda, mas hoje está guardada em cima do criado mudo ao lado da minha cama, essa “pequena” atitude de deixar a Bíblia sempre ao meu alcance, foi um dos chamados de Deus, ao qual não tive medo de dizer sim! 

            Não foi, quer dizer, não é fácil pra mim escrever tudo isso, os momentos me vieram como num filme, onde a história ainda não acabou. Também não é fácil expor isso, amo escrever, mas poucos (ou ninguém) podem ler, mas esse texto em especial eu precisava que alguém lesse, não sei por que, com que finalidade eu resolvi fazer isso, mas Algo me pedia para que o fizesse. Esses últimos dias não tem sido nada fáceis pra mim, e as únicas coisas que tem acalmado meu coração, que por sinal está bem danificado, é saber que Deus não me abandonou, não irá me abandonar, que Ele tem um proposito na minha vida, outras coisas são as músicas de Rosa de Saron, Celina Borges, Suely Façanha, Walmir Alencar, Pe. Fábio de Melo, Eliana Ribeiro, entre outros, e os livros de Prof. Felipe Aquino, Pe. Fábio de Melo, e a Bíblia. Que deixam meu clausuro interno e externo, animados. Ao som de Abraço Eterno: “... Nem as torrentes das grandes águas conseguiram apagar esse amor. Pois suas chamas são fogo ardente, mais do que a morte é tão forte esse amor...”, me disperso, com a certeza de que não posso desistir do amor, de amar, não posso me entregar a dor, porque ela um dia vai passar, se a cruz tá pesada, e se quero me entregar, Cristo vai me ajudar.



 "A pessoa humana tem uma necessidade que é ainda mais profunda, uma fome que é maior que aquela que o pão pode saciar -é a fome que possui o coração humano da imensidade de Deus". (Beato João Paulo ll)